O projeto de recuperação do centro histórico de Florianópolis, aprovado no fim do ano passado pelo Programa de Recuperação de Cidades Históricas, do Programa de Aceleração do rescimento – PAC, para receber cerca de R$ 98 milhões do governo federal, ainda não começou a sair do papel. O município ainda aguarda a liberação dos recursos para iniciar as obras 36 anos depois do seu esboço original.
Segundo o cronograma, a recuperação vai começar pelo setor leste da praça XV de novembro até a Avenida Hercílio Luz. Segundo a gerente do Serviço do Planejamento Histórico, Artístico e Natural – Saphan, e coordenadora do projeto, Anilta Nunes, a idéia é com a recuperação transformar a região da Avenida Hercílio Luz em uma área potencial para sediar eventos culturais. Entre as ações propostas está a implantação de leis de incentivo fiscal para serviços culturais, como sebos e galerias de artes, e para o setor hoteleiro, além da criação de um setor cultural próximo ao Museu Victor Meireles.
A principal dificuldade será o que já se perdeu do patrimônio histórico, por conta do atraso na aprovação do projeto. O centro histórico reúne o maior grupo de edificações coloniais preservadas, como lotes estreitos e fundos, com prédios anexos uns aos outros. Nos últimos anos a grande procura de comerciantes por esses prédios nas últimas décadas está provocando alterações nos edifícios.
Outro problema é o patrimônio histórico de outras áreas que não estão inseridas na verba aprovado pelo governo federal. Como é o caso de localidades fora do Centro histórico como Santo Antônio de Lisboa e a Lagoa da Conceição, que vão se deteriorando com o passar do tempo e não têm estrutura nem assistência especializada.
O primeiro projeto data de 1974, criado pela extinta Comissão Técnica do Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural – Costesphan. Desde então, o projeto passou por inúmeras administrações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário